domingo, 14 de setembro de 2008


"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto."

5 comentários:

Anônimo disse...

Nossa Mi adorei isso!!!
vc que criou ou é uma frase de alguém???

Unknown disse...

é, o sentimento é algo cruel.
sentir falta, sentir dor, sentir angústia.
para alguns faz sofrer bastante.

mas certas horas é ótimo.
sentir amor, carinho, felicidade.

tudo que é bom tem suas desvantagens
imagina o que seria se a gente não sentisse nada?!

é.

beijo mi! =*

Thiago Sanchez disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Thiago Sanchez disse...

Em todo o momento de actividade mental acontece em nós um duplo fenómeno de percepção: ao mesmo tempo que tempos consciência de um estado de alma, temos diante de nós, impressionando-nos os sentidos que estão virados para o exterior, uma paisagem qualquer, entendendo por paisagem, para conveniência de frases, tudo o que forma o mundo exterior num determinado momento da nossa percepção.
2 - Todo o estado de alma é uma passagem. Isto é, todo o estado de alma é não só representável por uma paisagem, mas verdadeiramente uma paisagem. Há em nós um espaço interior onde a matéria da nossa vida física se agita. Assim uma tristeza é um lago morto dentro de nós, uma alegria um dia de sol no nosso espírito. E - mesmo que se não queira admitir que todo o estado de alma é uma paisagem - pode ao menos admitir-se que todo o estado de alma se pode representar por uma paisagem. Se eu disser "Há sol nos meus pensamentos", ninguém compreenderá que os meus pensamentos são tristes.
3 - Assim, tendo nós, ao mesmo tempo, consciência do exterior e do nosso espírito, e sendo o nosso espírito uma paisagem, tempos ao mesmo tempo consciência de duas paisagens. Ora, essas paisagens fundem-se, interpenetram-se, de modo que o nosso estado de alma, seja ele qual for, sofre um pouco da paisagem que estamos vendo - num dia de sol uma alma triste não pode estar tão triste como num dia de chuva - e, também, a paisagem exterior sofre do nosso estado de alma - é de todos os tempos dizer-se, sobretudo em verso, coisas como que «na ausência da amada o sol não brilha», e outras coisas assim. De maneira que a arte que queira representar bem a realidade terá de a dar através duma representação simultânea da paisagem interior e da paisagem exterior. Resulta que terá de tentar dar uma intersecção de duas paisagens. Têm de ser duas paisagens, mas pode ser - não se querendo admitir que um estado de alma é uma paisagem - que se queira simplesmente interseccionar um estado de alma (puro e simples sentimento) com a paisagem exterior. [...]

Fernando Pessoa, in 'Cancioneiro'

Morena Rojas disse...

Amiga linda...ainda nem lí o seu blog todo, confesso. Ando numa correria loca...Mas te conheço bem...conheço o seu coração, sua garra e suas aflições...assim como vc também me conhece. Bom isso né? Quando temos alguém na vida que nos conhece, que nos sente, mesmo de longe! como se nada ou distância nenhuma no mundo pudesse tirar dos nossos corações o amor que nele foi plantado quando nos reuniamos pra cantar, ou simplesmente pra ficarmos na companhia uma da outra...É Micha! Os anos se passam e a nossa amizade continua a mesma! Lembro direitinho de como era bom estar contigo, do quanto os nossos espíritos são afins e do quanto vc é especial pra mim, em cada momento da minha vida...então só quero te dizer uma coisa, quando se sentir triste, lembre que vc é muito importante na vida de uma certa "morena" aqui...que te ama, que torce muito por sua total felicidade, e que vc vai poder contar SEMPRE!!! beijos no seu coração maninha! É NUIXXX!